O MINISTRO DA FAZENDA, no uso de suas atribuições e tendo em vista o disposto na Emenda Constitucional nº 21, de 18 de março de 1999, nos §§ 2º e 3º do art. 8º, no art. 10, nos §§ 2º e 3º do art. 11, no § 3º do art. 16 da Lei nº 9.311, de 24 de outubro de 1996, e na Lei nº 9.539, de 12 de dezembro de 1997, resolve:
Retenção e Recolhimento da Contribuição
Art. 1º A Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos 
de Natureza Financeira - CPMF será, pelas instituições e pessoas referidas no art. 5º da Lei nº 9.311, de 1996:
I - retida diariamente ou a cada lançamento;
II - apurada, considerando os fatos geradores ocorridos a partir da quinta-feira da semana anterior até a 
quarta-feira da semana corrente; e
III - paga até o terceiro dia útil da semana subseqüente à de encerramento do período de apuração.
 § 1º O período de apuração da contribuição, previsto no inciso II, encerrar-se-á no dia útil imediatamente 
anterior à quarta-feira, quando esta não for dia útil.
§ 2º Caso, na semana do término do período de apuração, ocorra feriado nacional, local ou bancário na 
quinta ou sexta-feira, ou em ambas, o encerramento do referido período será antecipado em número de dias 
úteis correspondentes a esses feriados.
 § 3º No caso de feriados imprevistos, decretados excepcionalmente, que recaírem na quinta ou na 
sexta-feira, a contribuição será retida no primeiro dia útil da semana subseqüente.
 § 4° No caso de a instituição assumir a responsabilidade pelo pagamento da CPMF, em virtude de 
insuficiência de recursos nas contas do contribuinte, a retenção da  contribuição poderá ser feita até o último 
dia útil da semana de encerramento do período de apuração de que trata este artigo.
 § 5º O disposto no parágrafo anterior não elide a responsabilidade supletiva do  contribuinte pelo 
pagamento da contribuição.
 § 6° O recolhimento do valor da contribuição retida, bem assim o pagamento do valor da contribuição 
devida como contribuinte pelas instituições e pessoas de que trata este artigo, serão efetuados em DARF 
separados, de forma centralizada, pelo estabelecimento sede da instituição, no prazo estabelecido no inciso III.
Alíquota Zero na Movimentação de Contas
Art. 2º As instituições financeiras e as entidades referidas no inciso III do art. 8º da Lei no 9.311, de 1996, 
deverão verificar os dados cadastrais dos correntistas, para fins da aplicação da alíquota zero prevista nos 
incisos I, II e VI do mesmo artigo.
 Parágrafo único. O Banco Central do Brasil expedirá normas para o atendimento do disposto no § 1º do 
art. 8º da Lei nº 9.311, de 1996.
Alíquota Zero nas Operações das Instituições de Mercado
Art. 3º O disposto nos incisos III e IV do art. 8o da Lei no 9.311, de 1996, se aplica,  exclusivamente, aos 
lançamentos referentes às seguintes operações e atividades:
 I - captação de recursos, inclusive no mercado interfinanceiro e do exterior, com ou sem emissão de títulos;
 II - empréstimo e financiamento, inclusive desconto, e adiantamentos sobre contratos de  câmbio de exportação;
III - transferência de recursos interbancários;
 IV - cessão e aquisição de direitos creditórios;
V - repasse de recursos de instituições oficiais e repasses interfinanceiros;
VI - repasse de empréstimos obtidos no exterior;
 VII - prestação de serviços de arrecadação de tributos, serviços de pagamentos e recebimentos diversos 
e outros serviços típicos de instituições financeiras;
 VIII - atividades relacionadas com o Serviço de Compensação de Cheques e outros Papéis;
IX - subscrição, compra e venda de títulos e valores mobiliários para revenda ou  investimento de caráter 
não permanente, observado que, no caso de operações tendo por  objeto ações ou contratos a elas 
referenciados, o disposto neste artigo restringe-se ao mercado primário e ao mercado secundário de bolsa de 
valores ou de entidade a ela assemelhada;
 X - intermediação e distribuição de títulos e valores mobiliários;
 
 XI - compra e venda de certificados, títulos e valores mobiliários por conta de terceiros;
XII - custódia de títulos e valores mobiliários;
 XIII - recebimentos e pagamentos de resgates, juros e outros proventos de títulos de crédito e aplicações 
financeiras;
XIV - recebimentos e pagamentos de resgates, juros e outros proventos de valores  mobiliários de emissão de terceiros;
XV - operações de câmbio;
 XVI - operações de conta margem e de empréstimo de ações;
 XVII - realização de operações compromissadas;
 XVIII - compra, venda e mútuo de ouro ativo financeiro;
XIX - aplicações em depósitos interfinanceiros;
XX - operações, por conta de terceiros e por conta própria, realizadas em bolsas de   valores, de 
mercadorias, de futuros, em entidades a elas assemelhadas, e no mercado de balcão;
XXI - operações das sociedades e fundos de investimento mantidos por investidores  residentes ou não no País; 
 XXII - operações das carteiras de títulos e valores mobiliários mantidas por investidores  não residentes no País;
XXIII - prestação de serviços de loteria federal, estadual, esportiva e de números, pelas  caixas econômicas;
XXIV - prestação de serviços com correspondentes no exterior e no País;
 XXV - prestação de fiança, aval e outras garantias;
XXVI - operações de arrendamento mercantil, na qualidade de arrendador;
XXVII - cobrança de títulos;
XXVIII - prestação de serviços de liquidação, compensação e custódia vinculados às bolsas de valores, de mercadorias e de futuros;
 
XXIX - contribuições ao Fundo Garantidor de Crédito e operações de sua carteira;
XXX - operações dos fundos instituídos pela Lei nº 9.477, de 24 de julho de 1997.
§ 1º A hipótese prevista no inciso VII não abrange os lançamentos efetuados pela  instituição para 
pagamento ou recolhimento de tributos ou contribuições na qualidade decontribuinte ou responsável.
 § 2º O disposto no inciso XXI compreende também as operações dos clubes de  investimento que 
atendam normas baixadas pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM para esta finalidade.
§ 3º A alíquota zero não se aplica à movimentação dos recursos de investidores não   residentes no Brasil, 
quando do ingresso no País ou da remessa para o exterior, os   quais transitarão, obrigatoriamente, na conta 
corrente de depósito do titular da aplicação  em instituição financeira . 
§ 4º O disposto neste artigo somente se aplica às operações realizadas de acordo com  as normas previstas na legislação pertinente.
Dispensa de Débito ou Crédito em Conta Corrente
Art. 4º Ficam dispensadas das exigências a que se refere o art. 16 da Lei nº 9.311, de 1996:
I - a liquidação de operação de desconto de títulos representativos de operações  mercantis, quando efetuada pelo sacado;
II - a liquidação de adiantamento sobre contratos de câmbio de exportação (ACC);
 III - o empréstimo sob penhor civil, na forma prevista no art. 5o, inciso IV, do Estatuto  aprovado pelo 
Decreto no 1.138, de 09 de maio de 1994; 
IV - o crédito educativo; e
V - o financiamento de bens e serviços, inclusive nas operações de crédito direto ao  consumidor, e o 
financiamento imobiliário.
§ 1º Exclui-se do disposto no inciso II a liquidação de operação realizada a título de  adiantamento de 
contrato de câmbio de exportação e descaracterizada pelo  cancelamento ou baixa do respectivo contrato, ou 
pela simples devolução do adiantamento.
 § 2º O financiamento imobiliário a que se refere o inciso V restringe-se ao concedido ao  mutuário final, 
assim entendido o financiamento individual para aquisição de imóvel ou  para a construção em lote próprio ou em condomínio.
§ 3º A dispensa da exigência prevista neste artigo somente se aplica ao mutuário da  operação.
 § 4º Nas operações de que tratam os incisos IV e V, o valor referente à concessão do  crédito ou do 
financiamento deverá ser pago ao prestador do serviço ou ao vendedor do  bem mediante cheque cruzado, 
intransferível, ou creditado em sua conta corrente de depósito.
§ 5º O disposto no parágrafo anterior aplica-se, também, às administradoras de cartões  de crédito, quando atuarem na condição de procuradoras dos respectivos usuários.
Prestação de Informações relativas aos Contribuintes da CPMF
Art. 5º As instituições responsáveis pela retenção e pelo recolhimento da CPMF  prestarão, à Secretaria da 
Receita Federal, as seguintes informações sobre cada  contribuinte:
I - nº de inscrição no Cadastro de Pessoa Física - CPF ou no Cadastro Nacional de  Pessoas Jurídicas - CNPJ;
 II - valor global, em cada mês, das operações sujeitas à retenção da contribuição,   observado o disposto no § 2º;
 III - valor da contribuição retida no período citado no inciso anterior.
 
 § 1º As informações de que trata este artigo serão:
I - totalizadas sob um único código, quando o contribuinte não estiver obrigado a inscrever-se no CPF, ou 
no caso de liquidação ou pagamento de créditos, direitos ou   valores de que trata o inciso III do art. 2º da Lei nº 
9.311, de 1996, de montante igual ou  inferior a R$ 10.000,00;
II - prestadas em meio magnético, de acordo com as especificações a serem baixadas pela Secretaria da 
Receita Federal, abrangendo os dados referentes a cada trimestre do  ano-calendário;
 III - entregues até o último dia útil do mês subseqüente ao dos prazos previstos no inciso  anterior.
§ 2º Os dados referentes a determinado mês abrangerão os períodos de apuração  encerrados no 
respectivo mês, sendo informadas no mês subsequente as operações  realizadas em períodos fracionários.
§ 3º As informações de que trata este artigo, relativas ao mês de junho de 1999, deverão ser apresentadas 
no prazo previsto para a entrega das informações referentes ao terceiro  trimestre de 1999.
§ 4º O disposto neste artigo se aplica, também, às instituições de que trata o inciso IV
                      do art. 2º da Lei nº 9.311, de 1996, no que se refere às operações sujeitas ao pagamento
                      da contribuição. 
Art. 6º A Secretaria da Receita Federal resguardará, na forma da legislação aplicável à matéria, o sigilo das informações de que trata o artigo anterior, vedada sua utilização para constituição de crédito tributário relativo a outras contribuições ou impostos.
Art. 7º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos sobre os fatos geradores da CPMF ocorridos a partir de 17 de junho de 1999 até 16 de junho de 2002.
                                         PEDRO SAMPAIO MALAN 
